sábado, 25 de agosto de 2007

O que fizemos?

Cada vez mais que olho pras fotos de antigamente eu me lembro de como as pessoas pareciam mais felizes..agora somos apenas uma secessão de rostos modelos com legendas do tipo: eu e os meus amigos em tal lugar, fazendo tal coisa..
As coisas estão se tornando iguais..as idéias estão se tornando iguais, as pessoas estão se tornando iguais. Não faz sentido falar em diferença, então porque distinguir um do outro?
Complementando o texto do caráter e do destino, acho que caráter é uma coisa que simplesmente nascemos com ele..ninguém é por si de todo mau. Ninguém é um bandido ou uma mocinha. Isso é coisa de momento. Sim, somos diferentes uns dos outros. Acho isso fantástico. Mas porque as pessoas tentam se tornar cada vez mais iguais as outras?Porque não continuam com aquela essencia delas mesmas? Fico triste ao ver a forma que esses adolescentes estão agindo, a forma com que eles tendem a ser tão iguais aos outros amigos do grupinho. Se você me entende, se vc me acompanha durante um certo tempo, não precisa ser muito não..eu posso te chamar de amigo. Se um dos meus outros amigos SOMEM ou se eu quero te prender mais ainda a mim..eu te chamo de irmão. Poucos são os que sabem distinguir o que irmandade é. O que cumplicidade é. E o mais importante, o que convivencia requer. Requer lidar com o erro do outro, aprender com o erro do outro, ressaltar as qualidades, coisas simplórias e normais que cada ser humano deveria agir.
Eu já tinha pensado nisso, essa questão da diferença é muito clichê. Aquele papo da vovo de que vc naum deve "falar com estranhos" está se tornando cada vez mais pertinente. As pessoas estão se fechando, se acomodando, conseguindo o que querem na vida e deixando de lado todo o resto. Acham que para ser feliz tem que se satisfazerem, e, dessa forma, acabam por SOMENTE se satisfazerem. O homem se tornou uma ilha. Um ser egoísta e repugnante a cada dia que passa. Um ser alienado pelo sistema, um ser cada dia mais parecido com um cavalo.
Eu cheguei num estágio de cansaço. Procurei tanto, corri tanto atrás...agora eu estou somente sentada assistindo a todo espetáculo da vida. Uma perpectiva de vida horrível, eu sei. Mas fazer oq? Se tem uma hora em que todos os cavalos te dão as costas, se tem uma hora em que aparecem apenas cavalinhos tentando te ajudar. Cavalinhos que vc nem sabia que existiam, cavalinhos que simplesmente te modificam por dentro e por fora..o que vc pode fazer com eles? Já que eles não estão tão prontos para o batente, a gente apenas fica se alimentando junto com eles e ve o que os grandões aí irão fazer.
Adotei a folosofia do cavalo na parada de sete de setembro:
"Andando, cagando e sendo aplaudido".

espero que o meu espírito revolucionário fique quieto durante um tempo,
i need.

Até a próxima.

Um comentário:

Unknown disse...

Ei! Cuidado com metáforas envolvendo ilhas, hein!? =P

Ótimo texto, ótima idéia, blá, blá, blá... sempre digo isso. Mas o q q eu posso fazer se todos os seus textos/idéias são ótimos? Esse, por exemplo, complementa a idéia da máscara, das pessoas colocando um perfil por cima delas mesmas para poder agradar a sabe Deus quem. É realmente deprimente olhar num perfil do Orkut e ver meia dúzia de fotos: uma fazendo pose de moleque piranha, outra com um bando de playboys fazendo merda, e assim por diante. Todo mundo sabe que o cara não é assim, mas a criatura insiste... ¬¬
Nosso mundo tá virando um lugar muito estranho, ou, como diria o Neilson, um lugar ridículo. Mas eu discordo da posição do "cavalo na parada de 7 de setembro", afinal as pessoas já tão cagando e andando umas pras outras: se as poucas pessoas decentes e conscientes que ainda sonham com um mundo maneiro começarem a cagar e andar, aí que esculhamba tudo de vez.
Se tem solução pra esse impasse eu não sei. Mas cagar e andar nunca ajudou ninguém. =]

Bem, irmã, já dá pra pensar com o que tá escrito aí.
Beijos!!!!